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SEJAMOS ARJUNAS - Ensaio


SEJAMOS ARJUNAS


O Baghavad-gita nos conta que o reino foi dividido pela disputa do trono entre clãs da mesma família, os Káuravas e os Pândavas, levando ao conflito pela luta armada entre os dois lados no campo de batalha, o que ficou conhecida como A Guerra de Kurukshetra.


Arjuna, juntamente com Krishna que o servia como cocheiro, tinham primos em ambos os lados do campo da luta.


Embora Arjuna sendo o maior entre os maiores dos arqueiros, ele tenta se esquivar da batalha, pois não queria ferir ou matar aqueles que ele considerava seus irmãos e é aí que se desenvolve a mais alta e bela lição de espiritualidade ministrada por Krishna.


Krishna em todo o seu discurso poético, como Mestre de Arjuna, expõe que o sentido da guerra é a realização do próprio dever (Dharma) na defesa do que ele considera ser a própria justiça, para a qual não há como se omitir e transigir.


São dois os aspectos da luta a ser travada. Tanto no campo exterior, como também, principalmente, no nosso interior, em que temos que lutar para vencer nossas fraquezas, o nosso egoísmo, a nossa arrogância e os nossos conflitos que nos apartam de nossa verdadeira essência espiritual, que fazem com que vivamos a superficialidade de nossas existências.


Arjuna, passando a ter consciência de que ele é escravo de seu próprio dever, inclina-se ao seu Dharma e prepara o seu arco a travar a partir daí, a sua batalha.


Somos todos Arjunas e não devemos nos abster de nossos deveres na defesa sincera do que acreditamos ser a justiça, e aí, teremos que nos posicionar no campo da batalha que vivemos.











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