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O QUÊ VOCÊ FAZ COM SEU TEMPO? - Ensaio

Bucky Fuller, arquiteto, inventor e visionário, em 1982 lançou o livro Caminho Crítico que trata, entre outras coisas, da curva do crescimento do conhecimento.

Ele diz que a partir do ano 1dC. o conhecimento levou 1500 anos para dobrar, pela primeira (marca o renascimento). A segunda vez que o conhecimento dobrou foi em 1750 (iluminismo) levando, portanto, 250 anos para isso.

O ritmo foi acelerando de forma que em 1900, o conhecimento humano dobrava aproximadamente a cada 100 anos e no final da 2a Guerra Mundial, passou a dobrar já a cada 25 anos.

Depois se estimou que nas últimas três décadas o conhecimento passou a dobrar a cada 10 anos e em seguida a cada ano. Havia uma previsão para que a partir de 2021 o conhecimento passaria a ser dobrado a cada dia.

A interação é fator determinante para acelerar a mudança. Quanto maior a interação, maior será a mudança. E a mudança, no caso, traz com ela a percepção da aceleração do tempo.

Quanto menor interação, menor será a mudança. Na idade média não havia interação, ou havia pouca, o que gerou a lentidão na disseminação do conhecimento.

Um alimento colocado no freezer não deteriora, mas se for submetido à interação com o calor, não resistirá. Assim o mesmo acontece entre o tempo e o acúmulo do conhecimento, que impacta numa aceleração subjetiva do tempo.

Não precisamos estar muito atentos para perceber que o tempo se acelerou e pelos ciclos astrológicos estamos no limiar de uma nova era de luz, apesar de estarmos a viver ainda as terríveis dores do parto, que podem se agravar ainda mais por um tempo.

Plutão está aí a fazer isso.

A cada 250 anos ele transita por Sagitário, Capricórnio e Aquário, promovendo mudanças profundas nos ideais, nas estruturas, revolucionando-as e fazendo-as florescer.

O que estamos fazendo com o nosso tempo?

Como estamos vivendo essas experiências, onde a quantidade de informações passou a ser de tal forma que é impossível fazermos a assimilação de tudo simultaneamente em uma busca frenética de um conhecimento vazio?

Estamos sendo levados pelos apelos hedonistas, em busca do prazer, das baladas intermináveis, no êxtase fugaz, ou pelo poder ilusório das posses, ainda que sejam de posições sociais e titulações acadêmicas?

Nada disso importa. O que interessa é como se vive a vida e aí não é quantidade de experiências, mas sim a qualidade de nossas ações.




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