ETERNIDADE
ETERNIDADE
Nada de terreno é eterno.
Como o sopro de um vento.
É terra que se encerra.
O evento é um breve momento.
Seja alento ou desalento.
Acerta-se ou se erra.
Sempre será um fragmento.
Velado na memória.
Até ocorrer o julgamento.
Quando tudo se descerra.
Valerá o quanto pesa.
Mas apesar dos pesares.
O novo amanhã é uma certeza.
Ainda que seja de efêmeros ares.
A vida se renova. Entre dias e noites.
E noites e dias.
Seguindo lento.
Em cumprimento.
Ao certo destino.
E neste último momento.
Do aclamado advento.
Cessarão os tormentos.
Da prisão dos condicionamentos.
Do espaço e do tempo.
Da identidade e da vaidade.
Viver-se-á a liberdade. Na real eternidade.
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