A MENTE IMENSURÁVEL DA PERMANÊNCIA - Poema
A MENTE IMENSURÁVEL DA PERMANÊNCIA
A mente impassível,
Que a tudo analisa,
Critica, cristaliza, fragmenta,
Condiciona-se embotada, limitada.
Pelo seu método, apura e censura,
Pesa, mede, testa, intenta,
Pensa que seu conhecer a tudo cura!
Com títulos e honras, arroga-se sensível.
Julga-se pura, mas se narcisa,
Mesmo quando divisa a tormenta,
Soberba atua, não se inclina, inadmite.
Vive centrada,
Capturada, arraigada
Junto às hostes das paixões!
A mente mente,
pois se deixou puramente
de ser mente pura.
A mente mente,
pois se permitiu simplesmente
de ser mente simples.
A mente mente,
pois cedeu plenamente
a negar a mente plena.
Após muitas eras,
Em tropeços e errantes desacertos,
Descobre-se, por fim, ser mera quimera.
Advém o confronto, pelas sombras da agrura,
Vive implacáveis sofrimentos,
Pesares desalentos,
Imensa dor que depura.
Dilacerada, malfadada, descrente,
Finalmente encontra alento,
Ao inclinar-se humildemente,
Ante o íntimo chamamento,
Da Mente Universal.
Aí, inexiste o local,
Não há mais passado nem futuro,
Não há claro ou escuro,
Somente o eterno-agora, atemporal.
Destas coisas a limitada mente
Nada pode querer ou expressar...
A compreensão é reservada
Só pelo poder do amar!
Assim, a limitada mente se transforma,
Adentra o mundo sem forma,
Entoa livre, em harmonia,
Odes em vibração e sintonia
Com a plenitude do amor!
Portanto, caminho e sigo em frente,
Sem o olhar nas diferenças
Que geram desavenças!
Sem jamais esquecer que,
Mesmo imperfeito em mente,
De fato sou, na minha essência,
A Mente Imensurável da permanência!
A Mente.
Amem-te!
Amém!
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